A vitamina D que é nossa velha conhecida por ser considerada essencial para o desenvolvimento normal de ossos e dentes agora tem sido vinculada ao tratamento da esclerose múltipla. Uma doença degenerativa, progressiva e incurável, caracterizada pela desmielinização da bainha dos neurônios, e cujo tratamento é geralmente doloroso e paliativo, causando muito sofrimento aos seus portadores. Pois bem, as pesquisas do neurologista e professor da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Cícero Galli Coimbra, indicam que a vitamina D é eficaz no tratamento da esclerose múltipla e algumas doenças auto-imunes. Suas pesquisas vem proporcionando uma nova vida aos portadores dessas doenças e está disponível aqui no Brasil.
Fiz uma busca rápida no Science direct (portal de busca internacional de artigos científicos) usando o termo "Vitamin D" e selecionando os artigos publicados entre 2012 e 2013 e encontrei nada menos do que
20.764!!! É isso mesmo! Mais de 20 mil artigos foram publicados recentemente sobre a vitamina D, entre eles há inúmeras pesquisas relacionadas com sua utilização terapeutica na esclerose múltipla, doenças articulares auto-imunes, câncer de pele, doenças vasculares e até auditivas.
Fica a pergunta que não ouso responder: por que essa vitamina não é utilizada mais amplamente no tratamento dessas doenças???
É bom lembrar que altas doses de vitamina só devem ser tomadas sob prescrição médica pois podem causar graves problemas de saúde. Como diz o Dr. Cicero, no vídeo, a melhor forma de obtermos a quantidade de vitamina D que necessitamos é através da exposição ao sol por cerca de 20 minutos, nos horários seguros (antes das 10h e após as 16h) ou "quando a sua sombra for mais curta que a sua estatura".
Abaixo está o vídeo emocionante, que recebi via email de uma professora amiga (oi Elisa!), e que motivou essa postagem.
O programa Sem Censura entrevistou o Dr. Cícero, e pode ser visto no you tube.
Para saber mais:
Comece visitando a Wikipedia.
No site Vitamin D council, dedicado a divulgar as descobertas recentes e benefícios da sua utilização (e é claro, com muitos anúncios de fabricantes da dita cuja), encontra-se muita informação que normalmente não chega ao público brasileiro.
Para informação técnica recomendo uma busca de artigos científicos no Science Direct ou no Scielo (onde há artigos em português).
